domingo, setembro 14, 2014

RESENHA: CORAÇÃO E SEXUALIDADE



Allen Ribeiro Porto
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 



Gomes, Wadislau Martins. Coração e sexualidade: entendendo Deus, a si mesmo e o outro. Brasília, DF: Refúgio, 1999. 108 p.
.:A Bíblia, o Jornal e a Caneta:. – Observando o mundo com as lentes das |Escrituras
http://allenporto.wordpress.com/2012/03/19/livros-bjc-coracao-e-sexualidade/
Livros BJC: Coração e sexualidade – Posted on march 19, 2012

Desde que comecei a ler materiais do CCEF, do tipo Paul Tripp e Ed Welch, tenho apreciado demais esta proposta de aconselhamento, bem como ficado surpreendido com a fidelidade à Escritura. O encanto com o “material de fora” é bom: Tripp, Welch, Lane, etc., são ótimos autores, e  as editoras que os publicam estão de parabéns. Mas há coisa do mesmo nível publicada originalmente em nossa língua, como esta obra do Rev. Wadislau Gomes.

O autor é um dos pastores da Igreja Presbiteriana Paulistana (IPP), e professor visitante do Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper (CPAJ). É doutor em ministério [pelo Reformed Theological Seminary (Jackson, Mississipi, EUA) e Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper (S. Paulo)]. É também fundador do Ministério Refúgio, que trabalha na área de aconselhamento bíblico. Fico especialmente impressionado com sua escrita poética e criativa, demonstrada na obra em questão, e regularmente no seu blog, o Coramdeo Comentário.

O Rev. Wadislau usa um tema instigante para tratar um ainda mais profundo. O título pode enganar os desavisados – apenas um livro sobre sexo? Desde o início vem a resposta:

Este é um livro sobre a identidade humana. A sexualidade humana é uma forma de conhecer a unicidade e a pluralidade de Deus, a fim de refletir Sua imagem e semelhança. Sexualidade é mais que o ato sexual. É ser homem, ser mulher, descobrir a si mesmo com único e ao outro como igual na humanidade. É contemplar a Deus revelado na glória de sua graça e refleti-lo em fé até transbordar do seu amor. (p.7)

Mais do que sexo, o livro aborda uma interpretação do homem e suas nuances relacionais a partir do ponto de referência bíblico. Trata-se de uma ressignificação ou releitura do assunto, agora com novas lentes, que trabalham melhor as complexidades do tema e do ser humano sem cair nos reducionismos psicologizados.

O Rev. Wadislau usa a estrutura Trinitária para nos apresentar a questão do um e do múltiplo solucionada. As lutas com individualidade e pluralidade são resolvidas na percepção adequada de Deus e sua consequente ação no mundo. Deste modo é que o sexo é definido como “o relacionamento íntimo entre um homem e uma mulher casados cuja finalidade é unir as diferenças e recompensar o amor” (p.15).


Cada capítulo envolve exemplos e histórias criativamente delineadas para levantar discussões e apontar para uma resposta bíblica. Tal resposta entra em conflito direto com as propostas terapêuticas levantadas, pois, segundo o autor, a Escritura não pretende ser assim primeiramente, mas essencialmente redentiva – “promovendo não a solução dos problemas, mas o conhecimento de Deus que justifica e santifica com resultados de transformação e cura” (p.18).

Aqui repousa o desafio. Um casal em crise deseja um comprimido que resolva imediatamente o problema, enquanto é-nos apresentada uma proposta melhor do que “tapar os buracos criados pela chuva no asfalto”: um recapeamento completo, promovido em longo prazo e envolvendo o paciente e doloroso processo de retirar as imperfeições da pista.

O autor dialoga com quem pensou o homem e sua sexualidade. Nomes conhecidos como Freud, Rogers, Frankl e Skinner são mencionados, e têm suas propostas, ainda que brevemente, observadas e destacadas em seus acertos e erros. Uma boa surpresa é encontrar Herman Dooyeweerd, filósofo cristão holandês nesta obra, escrita em 1999. Isso indica que o Rev. Wadislau estava utilizando categorias do fundador do pensamento reformacional há bastante tempo.

Categorias importantes usadas por Gomes no material são as de perceber o homem como receptivamente criativo e ativamente redentivo, conceito [de Van Til] também utilizado na obra “aconselhamento redentivo”, de 2004.

Deus nos fez receptivamente criativos e ativamente redentivos a fim de que reconhecêssemos aquilo que há em comum em toda a natureza e, ao mesmo tempo, nos reconhecêssemos diferentes no relacionamento que temos em referência Ele e ao mundo. (Coração e sexualidade, p.28)

Somos criados receptivamente criativos (habitação) e ativamente redentivos (imaginação). A Escritura revela que nós experimentamos o mundo a partir das afeições do coração – fé, esperança e amor – e que essas afeições se expressam por meio da habitação no conhecimento, da imaginação desse mesmo conhecimento e da operação do conhecimento. Assim, a fé, que inclui crenças e valores, e a esperança, que inclui os modos formais para a solução de problemas, propõem-nos uma base paradigmática motivacional para os atos humanos.
Esse ponto de partida paradigmático nos oferece uma definição da experiência humana quanto à elaboração do conhecimento. A principal motivação dos seres humanos reside no coração com seus afetos em relação a Deus, quer sob sua graça quer sob sua ira. Assim, a imaginação, vista biblicamente, é holística, mola (como oposto a molecular), objetiva/subjetiva, genética/tácita e socialmente condicionada, cognitiva, volitiva e emocional. (Aconselhamento redentivo, p.117) 

A compreensão do homem, na perspectiva do autor, também passa pelas categorias de Criação, Queda e Redenção. Nesta seção do livro, conceitos como o de integração e individuação são apresentados e nos ajudam bastante na jornada. Compreender a integridade da criação, e a fragmentação gerada pela Queda histórica nos ajuda a lidar com as dificuldades individuais e relacionais. A Redenção é o que fornece esperança e graça para transformações verdadeiras e significativas. A obra completa de Jesus na cruz é uma janela na história que promove impactante virada.

O Pr. Wadislau descreve com profundidade e singular compreensão os movimentos do coração, e revela como perceber tal ponto fornece base para nosso trato com os indivíduos, casais e comunidades.

Somos caídos, e todos os nossos esforços para conseguir a individuação (integridade: integração ou unidade com o propósito de Deus, inteiração ou unidade interior, e interação ou unidade social) terminam em alienação da Fonte da vida, em desintegração interior, e em separação exterior (relacionamentos interpessoais). Não conseguimos explicar como amor e ira funcionam e vivemos vencidos pelas contradições do nosso comportamento. Queremos amar, entregar, olhar o outro primeiro, mas  sentimento de que alguma injustiça foi cometida (ira) nos assalta e vence. É a luta entre o amor que se entrega e o medo que protege a pessoa de se descaracterizar na entrega. (Coração e sexualidade, p.45).

Na vida sexual, os movimentos do coração se conturbam em busca de uma resposta. Ha o apelo do prazer físico, há a luta pelo poder, há o desejo de ser conhecido e amado, há a tendência para a entrega e o medo da descaracterização, todas essas coisas lutando dentro da pessoa e se reproduzindo em cada relacionamento. (p.49)

É aqui que os ídolos do coração aparecem, e promovem separação, em vez de integração/individuação. Aspecto importante do trabalho de Gomes, é destacar o amor como compromisso (p.51). Sua percepção foge dos lugares-comuns influenciados pela escola do romantismo, nos quais o amor é visto como um sentimento. Deste modo, é o compromisso que cria bons sentimentos, como descreve (eu diria que o amor e a graça alimentam os sentimentos, e acredito que o Rev. Wadislau concordaria com isso).

Outras questões são contempladas nesse processo de reflexão sobre a sexualidade e a identidade humana. O ensino bíblico sobre homossexualidade, questões genéticas, racismo, masturbação e a intimidade exagerada no namoro. Como lidar com os conflitos percebidos e os dilemas do coração humano? Um ponto básico é lançado: “a graça do Senhor é nossa fonte de prazer” (p.58). Gomes aplica, então, o quadro de referência da Criação-Queda-Redenção à leitura do problema, e com tais lentes observa e trata a questão.

Em lidar com “o outro”, Gomes fala do casamento e seu lugar no projeto Divino. Aqui há um extenso e interessante diálogo com Cornelius Van Til, pastor, teólogo e apologeta. O destaque central é a analogia da família com a Trindade, e do casamento com a relação entre Jesus e a Igreja. Três movimentos no contato com o outro são identificados: o de controlar, agradar e dominar, e um interessante diagrama facilita a compreensão do assunto, mas novamente a ênfase repousa sobre a redenção, e sobre a adoção como a resposta para o problema da luta de poder: “Na redenção dos relacionamentos, o casal vive a adoção, trazendo para o próprio coração o coração do outro; pondo na própria conta o débito um do outro e refrescando-lhe o coração. (p. 70)”

Finalmente, Gomes menciona o conceito de Teorreferência (à época, Teo-referência): “Na verdade, não há outra forma de compreender a existência senão que Deus existe, e nós somos seu reflexo. Somos análogos – Sua imagem e semelhança. Somos teo-referentes. (p.73)”, e usa Cantares e Efésios 6 para nos dar perspectivas de relacionamentos saudáveis, e aponta para Jesus e o evangelho como a fonte de satisfação e saúde individual e coletiva.

Esta ênfase nos movimentos e caminhos do coração demonstra uma apreciação mais completa do homem, por não observar apenas comportamentos e tentar transformar ambientes, mas lidar com os elementos mais íntimos do ser, e buscar uma transformação que não pode ser operada por homem algum.

Recomendo fortemente o livro a homens e mulheres em busca de uma masculinidade/feminilidade sadia, casais em direção ao casamento, casais casados, e líderes que de alguma forma se envolvem no aconselhamento.
 
Allen Porto

segunda-feira, setembro 08, 2014

BOA COMIDA




Estávamos de volta ao Brasil depois de quase sete anos nos Estados Unidos, e eu me alegrava com receber em casa os jovens da Igreja Presbiteriana Nacional, para o estudo bíblico. Chegando ao fim do estudo, notei certo desconforto—uns dois ou três chegaram a ir até a cozinha para “dar uma olhadinha”—mas não atinei com a razão. Só depois, em outra casa que recebia a turma para estudar a Bíblia, foi que entendi a inquietação que ocorrera lá em casa. A anfitriã tinha uma mesa farta de salgadinhos e refrigerantes para oferecer. Eu não oferecera nem um suquinho. Tinha cometido a gafe de não incluir comida na reunião. Muitos jovens vinham direto da escola ou do trabalho, e eu não fui sensível à expectativa de saciar a fome simultaneamente à ingestão da Palavra de Deus! Espero que eles tenham me perdoado (muitos deles são hoje profissionais bem sucedidos e pais de família que postam fotografias dos lindos filhos que crescem na Palavra) — eu ainda fico remoendo por que eu não preparara um bom lanche para aquela noite.

Na verdade, comida é assunto importante para todo mundo. Guerras são travadas e paz é proclamada com divisores alimentares. De a antiguidade, a comida tem influência sobre indivíduos e povos. Na Bíblia, começando com a atração de Eva pelo único fruto proibido em todo o jardim com a desculpa de que era boa para comer, deleite aos olhos e desejável para aumentar sua sabedoria – até o banquete a que estão convidados todos os salvos nas Bodas do Cordeiro descritas no Apocalipse – comida faz parte da vida de gentios, judeus e cristãos. Apesar de alguns gnósticos modernos afirmarem que se alimentam apenas de luz, nós seres humanos não podemos viver sem comida, e sua escassez ou fartura formam e deformam os indivíduos e as nações. Desde as tolas guerras de comida travadas por adolescentes nas mesas de acampamento até as insanas batalhas por fome de terras e bens travadas diante de acordos mal-fechados e tratados de paz desfeitos, a comida sempre faz parte da briga. Uma mãe preocupada leva o menino gorducho (subentende-se obeso) ao pediatra para indagar sobre a necessidade de uma re-educação alimentar; consagrados pais crentes ficam chocados ao saber que a filha de dezesseis anos quase morreu por anorexia nervosa; um pastor bem sucedido ouve a sentença: se não mudar seus alimentos, a diabetes e aterosclerose vão lhe matar!

Prever e apresentar uma solução prática à grande fome prestes a avassalar toda a terra tirou José do cárcere para a posição de governador do Egito, e essa mesma fome levou as setenta pessoas que formavam o povo de Canaã à fartura de Gósen, até que quatrocentos anos depois, voltassem a se libertar do cativeiro e rumassem novamente à Terra Prometida que mana leite e mel (Gênesis 40-50). Nos intricados quarenta anos que vaguearam pelo deserto (viagem que poderiam ter feito em duas semanas) toda uma geração morreu por causa da murmuração quanto à comida (ah! quem dera comer das cebolas, alhos e melões do Egito!) e contra a liderança de seu libertador  (Êxodo 12.37; Deuteronômio 34). Quando faltou comida, Deus proveu diariamente pão do céu (O que é isso?—Ma ná?—perguntaram) e churrasco de codornizes, e fez jorrar água viva da rocha seca.

Referindo-se ao maná, o poeta diz: “Comeu cada qual o pão dos anjos; enviou-lhes ele comida a fartar” (Sl 78.24-25).
 
Juntamente às leis de adorar somente a Deus e amar o próximo, detalhadamente escritas e implementadas, Deus deu leis a respeito de alimentos, o que é kosher e o que é treyfe, e grande parte da vida do povo de Deus se resumia no que comer ou sequer tocar. Até hoje, muitos judeus crêem que a vida se resume em guardar essas detalhadas leis dietéticas.

Poderíamos atravessar toda a Bíblia por meio das referências à comida. No cativeiro, Daniel e seus amigos príncipes hebreus aprenderam tudo da cultura pagã em que estavam forçosamente inseridos, e não se importaram de receber nomes babilônicos ou exercer cargos administrativos ou políticos sob domínio de imperadores pagãos. Mas pediram para manter uma alimentação judaica saudável e não ser forçados a comer as iguarias da terra dominante.

Jacó trapaçeou seu pai roubando a bênção do direito de primogenitura do irmão gêmeo Esaú, preparando um saboroso guisado de cabrito e lentilhas (Gênesis 27) em lugar da caça que Isaque pedira ao mais velho. O salmista fala do Senhor  e Grande Pastor de Israel como de quem “nada me faltará”, e depois de falar de pastos verdes e águas calmas menciona que “preparas uma mesa diante de mim na presença de meus inimigos”! Ele é quem dá alimento a toda carne, porque a sua misericórdia dura para sempre (Sl 136.25; 145.15-16). Não apenas alimenta a gente, como também as aves e os animais (ex. corvos—Jó 38.41—“Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus pintainhos gritam a Deus e andam vagueando, por não terem que comer?...”—Jesus no Sermão do Monte se referiu a isso, Mt 6.23-33, dizendo “Vosso pai sabe que precisais de todas essas coisas”).

Jesus deixou de comer para oferecer água viva à mulher samaritana, e quando interrogado pelos discípulos, disse: “minha comida consiste em fazer a vontade de meu Pai”, João 4.31-34. Multiplicou o lanche magro de um garoto para saciar a fome de mais de 5000 pessoas, sobrando ainda doze cestos cheios (Mt 14.14-22). Disse, ao que vai cumprir a missão do reino, para repartir o que tem (Lc 3.11) e ainda afirmou ser ele mesmo o pão da vida (Jo 6.27, 48-55) verdadeira comida. O seder celebrado por Jesus antes de sua prisão, tortura, morte e ressurreição tratava de comida e expandiu a idéia além de matzo e vinho e cordeiro compartilhado (MT 26.17-23, Mc 14.12-25, Lc 22.7-20, 1Co 11.17-34). Depois de sofrer risco de morte e naufrágio no mar Adriático, Paulo imitou o Senhor tomando um pão, deu graças a Deus na presença de todos e, depois de o partir, começou a comer (At 27.35-38).

Os apóstolos falavam a seus discípulos sobre comida sacrificada a ídolos (1Co 8.4,9,13), pessoas que julgavam as outras por hábitos alimentares diferentes das delas (Cl 2.16-17, 23; Rm 14.15-1); diferentes alimentos para estágios diferentes da vida (leite para infantes, 1Pe 2.2-3, Hb 5.12-14, grãos, carne, frutos e verduras para os que podem digeri-los) com a ressalva de que 1) comida não é tudo na vida: “o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” e 2) Deus é quem “dá semente ao que semeia e pão para alimento e também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos”.

Há alguns anos tenho um projeto que ainda não consegui realizar: escrever um livro de receitas de comidas criadas e provadas da cozinha de Refúgio. Não quero fazer apenas um compêndio de boas dicas, mas entremear as receitas com histórias que nutram o coração das pessoas enquanto preparam comida que sacie a fome. Tenho observado gente do mundo todo que dá receitas criativas sobre culinária, desde as mais simples até as mais gourmets (curto Jamie Oliver, Bela Gil e dezenas de outros), mas meu projeto terá que ser refletivo de um estilo de vida em que “minha comida consiste em fazer a vontade de Deus”.

Ano passado, li um livro escrito por uma jornalista americana casada com jornalista de origem árabe, que passaram a lua de mel reportando a guerra em Bagdá. Ela entremeia considerações sobre ataques e bombas entre Bagdá e Beirute com a preparação de comida no Oriente Médio (Annia Ciezadio, Dias de Mel, São Paulo, Paz e Terra, 2011). Deu água na boca, lembrar comidas preparadas por dona Hyripsemé Daghlian ou Da. Lídia Atique e imaginar usar boas receitas para semear paz e promover crescimento espiritual a gente faminta! Alguns meses depois, deparei com um livro escrito por um pastor episcopal em que o “Jantar do Cordeiro” é tema para reflexões culinárias sobre a Bíblia e a boa comida (Robert Farrar Capon: The Supper of the Lamb, New York, Modern Library Food, 2002).

Este pequeno blog talvez abra seu apetite para pensar em comida — como obter, preparar e servir, o que faz bem, torna consistente ou deve ser descartado, como reduzir, multiplicar e compartilhar com família, amigos e até mesmo na presença de inimigos. Este ano ainda vou preparar o livro. Enquanto não sair do forno de idéias e palavras, convido você a comer conosco o convite que Isaías pôs em pergaminho e Deus colocou no curacao:

Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.  2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares.  3 Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi (Isaías 55.1-3).


Elizabeth Gomes